terça-feira, 26 de agosto de 2008

BALA na Agulha


Se a música digital veio para ficar, vinil ensaia retorno desbancando o CD

Desde o ano passado, a indústria fonográfica mundial assiste a uma movimentação curiosa. Dado por muita gente como morto, o disco em vinil começa a ensaiar uma possível ressurreição.

Em 2007, quase 1 milhão de LPs foram comprados nos Estados Unidos (em 2006, foram 858 mil). O número deve pular para 1,6 milhão até o final do ano. A produção de CD caiu 17,5% durante o mesmo período de 2006-07. Vendas de toca-discos no país pularam de 275 mil em 2006 para meio milhão em 2007.

A desilusão com o som do CD e do mp3 surge como a razão da volta do vinil. Ó som comprimido dos mp3s só exacerbou a tendência de degradação de áudio. O mp3 pega 90% da música e joga fora.

Aqui no Brasil (como sempre), um golpe duro emperrou a produção de vinis. A Polysom, única fábrica de LPs da América do Sul, situada em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, cerrou as portas no início do ano, e por enquanto estamos negociando com empresas norte-americanas, fato que representa um acréscimo de 60% no valor final do produto.


Fome de Tudo, último disco da Nação Zumbi, sairá também em LP. O vinil Cê, do Caetano Veloso, lançado pela Universal em 2006, vendeu 400 cópias. O próximo álbum de Lenine, programado para setembro via Universal, sai acompanhado de 500 peças em vinil - provavelmente importadas. Isso (o retorno do vinil) não é apenas para colecionadores e saudosistas. É para quem gosta de música.

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